Enfraqueço já não sinto.
De tanto doer até minto,
A entranha sangra ferida
Esvaindo-se perdendo a vida.
Sou o que nunca fui,
Serei o que nunca quis.
Fui o que nunca esperei.
E ainda sou o que nada fiz.
Serena vou correndo,
Na alma salgada e fria.
Nas veias vão escorrendo
Torrentes de agonia
Na areia da praia
Descalça vou andando
procurando no horizonte
Teu olhar navegando
Triste este poema
Alma triunfante
Desespero quanto baste
Coração sempre errante
Manuela
Imagem :olhares.com