sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014


Algo me prende
Nem sei o quê
Este olhar de castigo
Paira em mim
Como nuvens de tempestade
Que vêem esses olhos crueís
Pecadores, infiéis
São os olhares do destino
Fixados na minha solidão
De tanto dizer não
Basta um sorriso e tudo dou
E ainda bem que assim sou

Poetisa das Trevas







Assim que a noite chega
O silêncio impera
Doce quimera pacífica
No sobrenatural caminho
Cravo na mão,
Na alma espinho
Cabelo em desalinho
Caminho
Sem calar os passos
Cujos pés descalços
Sofrem a dor e a agonia
Fechando a mente
Encerrando a melodia
Mão fria
Coração de gelo
No aterro do desespero
Caminharei ao relento
Com forte chuva e vento
Lá estarei um dia
Até lá aqui estou
Vivendo sem saber
Porque um dia irei
Acabar o meu viver
Deveras já pensas-te
que vivemos para morrer
Ou acaso pensas que és imortal
Sem nunca o ser

Poetisa Das Trevas